Começando a minha maratona de filmes, para tirar os lançamentos e os não tão lançamentos do atraso, comecei por ´´O Apostador´´ de 2014, filme dirigido por Rupert Wyatt (Planeta dos Macacos a Origem) e estrelado por Mark Wahlberg (TED), John Goodman (nside Llewyn Davis: Balada de um Homem Comum) e quase por Brie Larson (Anjos da Lei) e Jessica Lange (Em Segredo). O Apostador, The Gambler no original, é um Remake do filme homônimo de 1974 (O Jogador no Brasil) estrelado por James Caan. A Refilmagem quase que foi dirigida Por Martin Scorsese e estrelado por Leonardo Dicaprio, entretanto por problemas com a produtora a direção foi passada para Wyatt.
O Apostador conta a história de Jim Bennett, professor de Literatura e escritor, filho de pais ricos, que possui um lado que poucos conhecem, o vicio em jogatinas. Seu outro lado já o fez perder não só grandes quantias de dinheiro como a interação com sua família. Bennett complica sua vida ainda mais quando precisa pedir dinheiro emprestado para criminosos para pagar dívidas com outros grandes criminosos de Los Angeles - que foi representada de uma maneira sombria e muito boa- . Não bastando só isso, o professor ainda se preocupa com os problemas que passa com seus alunos e com um aluno em especial, grande favorito para NBA, que acaba sendo vítima de seu ciclo perigoso de apostas.
Toda trama de problemas existenciais de Jim Bennett realmente é muito interessante, seu gosto pela arte e angustia por ter alunos desinteressados, e algum com potencial, mas que não utilizam disso transmite parte do que pode ter originado sua vontade de fugir por completo daquela realidade, levando aos seus vícios perigosos. Ter nascido em berço de ouro, mas não estar por completo realizado como pessoa é um dos problemas que fica claro para seus alunos em muitos sermões dados pelo professor ao se estressar com diversas situações.
Mark Wahlberg traz uma atuação questionável, muito boa em vários momentos, mas os altos e baixos ficam claros, porém que pode ser a união da atuação e direção que apresenta altos e baixos em muitos momentos do filme. O trabalho de Wahlberg para com o personagem é realmente ótimo, os momentos que nos deparamos com Jim Bennett professor, apaixonado por literatura e que busca conseguir passar este sentimento à seus alunos, temos uma fantástica atuação. Nas cenas de jogatinas temos um clima de tensão que muito se deve ao ator também, principalmente quando Mark Wahlberg trabalha junto à John Goodman, que interpreta o empresário/mafioso Frank, um dos mafiosos a emprestar dinheiro à Bennett.
Entretanto as idas e vindas da atuação de Mark Wahlberg e a interessante crise existencial não seguram tão bem o filme, possuindo diversos momentos que agoniam. A direção de Rupert Wyatt como dito anteriormente, tem suas idas e vindas. A visão um tanto quanto machista estraga fortemente o filme, com poucas cenas com as personagens que são de grande importância, mas pouco aparecem, como a aluna e futura namorada Amy Phillips (Brie Larson) e sua mãe Roberta Bennett (Jessica Lange). Ambas sendo praticamente as únicas personalidades femininas sofrem com a direção. Em todos os poucos momentos que aparecem, quando estão prestes a mostrar seu talento e que farão bem seus papéis, são ofuscadas por um corte para Mark Wahlberg gritando, sim gritando, como se por um momento estivesse esquecendo a boa atuação que faz no filme, e banca um adolescente estressado. A falta de personalidade feminina tira muito a beleza que o filme poderia ter, pela importância que só estas duas personagens representam/representariam se fossem melhor utilizadas.
Por fim, os problemas do longa são as nuances extremas entre boas cenas e más cenas, ficando muito forte este problema, as tentativas de um tom obscuro para representar a dupla vida de Bennett nem sempre dão certas como em algumas cenas de jogatinas, que quando estão ficando bem feitas, por detalhes simples são estragadas. E pela direção um tanto machista. Mark Wahlberg em suas boas cenas interpreta de maneira fascinante, na qual perdoamos facilmente seus momentos ruins. O elenco todo é ótimo e fazem sua parte da melhor maneira possível, Frank de John Goodman é ótimo também e Brie Larson em suas poucas cenas tem uma boa interpretação, deixando tudo mais aceitável.
Avaliação Final: 7,2
Toda trama de problemas existenciais de Jim Bennett realmente é muito interessante, seu gosto pela arte e angustia por ter alunos desinteressados, e algum com potencial, mas que não utilizam disso transmite parte do que pode ter originado sua vontade de fugir por completo daquela realidade, levando aos seus vícios perigosos. Ter nascido em berço de ouro, mas não estar por completo realizado como pessoa é um dos problemas que fica claro para seus alunos em muitos sermões dados pelo professor ao se estressar com diversas situações.
Mark Wahlberg traz uma atuação questionável, muito boa em vários momentos, mas os altos e baixos ficam claros, porém que pode ser a união da atuação e direção que apresenta altos e baixos em muitos momentos do filme. O trabalho de Wahlberg para com o personagem é realmente ótimo, os momentos que nos deparamos com Jim Bennett professor, apaixonado por literatura e que busca conseguir passar este sentimento à seus alunos, temos uma fantástica atuação. Nas cenas de jogatinas temos um clima de tensão que muito se deve ao ator também, principalmente quando Mark Wahlberg trabalha junto à John Goodman, que interpreta o empresário/mafioso Frank, um dos mafiosos a emprestar dinheiro à Bennett.
Entretanto as idas e vindas da atuação de Mark Wahlberg e a interessante crise existencial não seguram tão bem o filme, possuindo diversos momentos que agoniam. A direção de Rupert Wyatt como dito anteriormente, tem suas idas e vindas. A visão um tanto quanto machista estraga fortemente o filme, com poucas cenas com as personagens que são de grande importância, mas pouco aparecem, como a aluna e futura namorada Amy Phillips (Brie Larson) e sua mãe Roberta Bennett (Jessica Lange). Ambas sendo praticamente as únicas personalidades femininas sofrem com a direção. Em todos os poucos momentos que aparecem, quando estão prestes a mostrar seu talento e que farão bem seus papéis, são ofuscadas por um corte para Mark Wahlberg gritando, sim gritando, como se por um momento estivesse esquecendo a boa atuação que faz no filme, e banca um adolescente estressado. A falta de personalidade feminina tira muito a beleza que o filme poderia ter, pela importância que só estas duas personagens representam/representariam se fossem melhor utilizadas.
Por fim, os problemas do longa são as nuances extremas entre boas cenas e más cenas, ficando muito forte este problema, as tentativas de um tom obscuro para representar a dupla vida de Bennett nem sempre dão certas como em algumas cenas de jogatinas, que quando estão ficando bem feitas, por detalhes simples são estragadas. E pela direção um tanto machista. Mark Wahlberg em suas boas cenas interpreta de maneira fascinante, na qual perdoamos facilmente seus momentos ruins. O elenco todo é ótimo e fazem sua parte da melhor maneira possível, Frank de John Goodman é ótimo também e Brie Larson em suas poucas cenas tem uma boa interpretação, deixando tudo mais aceitável.
Avaliação Final: 7,2