terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Star Wars Episódio VII - O Despertar da Saga


  Eu tinha apenas 6 anos quando tive meu primeiro contato com Star Wars, quando o SBT estava reprisando os episódios clássicos para a estreia de Ameaça Fantasma no canal. Eu tinha perdido os outros dias de exibição por algum motivo (Foram a 14 anos atrás, vale o desconto) e me interessei pelo titulo O Retorno de Jedi, e decidir desobedecer minha mãe, me mantendo acordado até tarde para ver o filme. Obviamente, não entendi por completo a trama. Não conseguia assimilar o fato de uma mulher tão bonita com roupas douradas estar deitada de uma minhoca obesa dizendo coisas incompreensíveis, ou o por que um cara foi congelado ou como as pessoas entendiam o que um robozinho simpático queria dizer atras de bipes. Mas me encantei completamente a partir do momento em que um cara (que tinha um corte de cabelo parecido com o meu na época) é jogado para lutar contra um monstro gigantesco, e para minha surpresa, ligava uma espada laser verde e lutava contra o monstro. A partir daquele momento, eu me tornava um fã da franquia criada por George Lucas.

Comecei o texto com essa historia para dizer que Star Wars - O Despertar da Força, me fez voltar a aos meus 6 anos de idade.

A direção de JJ Abrams não é só bastante competente, mas acima de tudo, muito apaixonada. Abrams não tem medo de homenagear a serie, tanto por easter eggs quanto pela trama quase idêntica a ''Nova Esperança'' escrita por ele e Lawrence Kasdan (Roteirista de Império Contra-Ataca e Retorno de Jedi). O grande feito de Abrams é mesmo conseguir parecer crível um mundo tão fantasioso como esse, através das criaturas criadas por maquiagens e efeitos práticos e de cenários reais sem nenhuma computação gráfica muito explicita. Abrams consegue nos fazer acreditar naquele universo novamente, depois da Trilogia dos episódios 1, 2 e 3, em que parecia que Lucas queria mais experimentar as maiores novidades da tecnologia da época do que trabalhar com o universo que tinha criado. Também merece palmas a decupagem de Abrams para o filme. Planos como os Tie Fighters voando ao por do sol, os X-Wings formando uma onda, as cenas de Rey e BB-8 no imenso deserto de Jakku, todas lindamente fotografadas por Daniel Mindel (que merece uma indicação para Oscar de Melhor Fotografia) e com a trilha de John Williams inspirada e linda (Rey Theme's é já uma das melhores composições de sua carreira) ficam na memoria do espectador e só me faz me entristecer por essa ser seu único trabalho nessa trilogia.

Vou sentir tanta falta de seus lens flares.


Mas de nada seria desse Star Wars sem os seus novos personagens. A dupla protagonista, Rey e Finn, é responsável por boa parte do sucesso do filme. Ambos os personagens tem um peso dramático forte, mas não deixam o filme sombrio por terem um senso de humor certeiro e terem uma dinâmica leve, tudo acompanhado do droide mais carismático de todos, BB-8.
Daisy Ridley é sem duvida a melhor atriz que já passou pela saga (Natalie Portman que me perdoe) e faz de Rey uma das personagens mais encantadoras da serie, com a sua força, carisma, humor e tantas outras qualidades que só assistindo para entender o poder da atriz em cena. É sem duvida, a melhor personagem da nova geração.
John Boyega como Finn é espetacular em todas as funções que são dadas: Alivio Cômico, Sidekick, Interesse Amoroso e Herói.
Outro que personagem apresentado incrivelmente bem é Poe Dameron. Pouco se precisa mostrar sobre o personagem para nos afeiçoarmos a ele.

Os vilões tem seus altos e baixos: Capitã Phasma passa em branco e é esquecível. General Hux é um personagem que promete ser grande no futuro, mas as vezes sem muito a dizer nesse recomeço, mas a boa atuação de Domhnall Glesson salva de passar batido.
Mas ai entra Kylo Ren, talvez um dos mais complexos personagens de toda a saga, é bem trabalhado e escrito por Kasdan e Abrams. Adam Driver é excelente.

Mas um dos fatores primordiais do filme é a volta de seus antigos heróis: Luke, Han Solo, Chewie e Leia.
Harrison Ford é completamente dono do filme, talvez um pouco mais a vontade do que na sua juventude. Tantos nos momentos cômicos como nos dramáticos, Ford está magnifico.
(SPOILERS) A cena da ponte em que Han Solo enfrenta o seu filho Ben, agora Kylo Ren é de fato uma das melhores da serie. Os Diálogos de Kasdan, O Uso da cor vermelha de Mindel na decisão final, a interpretação de Driver e Ford, Tudo conspira a favor da cena mais marcante do longa.(Fim dos SPOILERS)

Carrie Fisher volta diferente para sua personagem. A melancolia que os caminhos da vida de Léia está sutilmente na interpretação de Fisher, e ainda nos presenteia de maneira lindíssima cenas tocantes com Solo. E finalmente Luke Skywalker, que é o Macguffin da Historia (SPOILERS) A figura de Luke Skywalker é poderosa, com sua vestimenta Jedi tipica e seu braço robótico quase fantasmagórico. Seu encontro com Rey não é só emocionante como é o melhor fechamento da Historia da saga. (Fim dos SPOILERS)

E assim foi o reinicio de uma das franquias mais amadas da historia: Um deleite para os fãs e um recomeço formidável, tão próspero quanto dos filmes clássicos.

 Avaliação Final: 9,8

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Os Melhores filmes de 2015


 Por: André Motta 


 Mais um ano se passa, e como de costume, mesmo estando com uma frequência bem baixas de postagens no Blog - Algo maior está por vir -, não podemos deixar de citar os melhores lançamentos deste ano. Alguns claro, podem se desagradar com a lista, esperando outros filmes, porém, queremos novamente, oferecer um guia para ir atras de filmes que acabaram passando batido ou não tiveram uma boa divulgação (há, infelizmente, filmes que tiveram um circuito limitadíssimo). 
Mas Vamos pra Lista:


PS:não esta em ordem de preferência,nem de lançamento.

Mad Max - Estrada da Fúria





















Divertidamente




















Star Wars - O despertar da Força




















Vício Inerente



















Que Horas Ela Volta?





















Acima da Nuvens





















Kurt Cobain: Montage of Heck





















Whiplash




















A visita




















Beasts of No Nation





















Ex-Machina: Instinto Artificial






















Missão: Impossível - Nação Secreta






















Ponte dos espiões





















O Gorila






















O conto da princesa kaguya

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Review - Homem-Formiga


  Muito bem meus caros, o novo longa da MARVEL lançou nesta quinta-feira e eu estava lá para conferir, ansioso e até receoso para saber o resultado. O filme sobre um personagem importante dos quadrinhos, membro fundador dos Vingadores, e um dos personagens mais difícil de se adaptar em minha opinião, na qual vinha de um roteiro complicado que há anos estava sendo trabalhado ali na minha frente, fez minha tensão para com o resultado estar presente desde o início ao final do filme, mas acreditem sai mais contente que o esperado, pois com certos detalhes o longa conseguira me surpreender.
 Homem-Formiga conta a história de Scott Lang (Paul Rudd), ex-presidiário que agora tenta se ajeitar na sociedade, se re-estruturar financeiramente e poder voltar a ter um convívio melhor com sua filha que vive com a mãe e padrasto. Scott ainda é conhecido por seus roubos, o rapaz formado em engenharia elétrica fizera ao longo do tempo um histórico renomado no mundo do crime com suas invasões e furtos grandiosos. Enquanto isso, o velho cientista, milionário, Hank Pym (Michael Douglas), criador da partícula ´´Pym´´ - uma substância que unida à um uniforme especial é capaz de diminuir qualquer pessoa de tamanho, mas permitindo-a manter sua força original-, experimento que ao longo dos anos teve várias tentativas de roubo e cópia, observa Scott há um bom tempo com pretensões maiores ao rapaz. Darren Cross (Corey Stoll), antigo pupilo de Hank, com a ambição subindo a cabeça, quer recriar o projeto de seu mentor intitulando de ´´Jaqueta Amarela´´. Hank Pym percebe que as intenções de Darren com seu projeto são as piores e precisa que alguém roube tudo relacionado ao mesmo, e desta forma quer que alguém use o traje de ´´Homem-Formiga´´ novamente para combater essa possível ameaça, e assim chega o momento em que chama Scott Lang para o tal serviço. 
 A transição de Homem-Formiga de Hank Pym para Scott Lang, era algo que eu estava curioso para conferir, mas ao lançar o primeiro trailer, ficou claro à todos, a ideia de um Hank Pym velho querendo passar o fardo de herói por uma causa maior. A ideia foi simples e eficiente, assim como todo o filme. Diferente de Os Vingadores 2, que em minha opinião teve uma produção ótima, mas um roteiro falho, Homem-Formiga, teve uma produção boa, sem nada de espetacular e um roteiro simples, mas competente em quase todos os momentos. 
   Paul Rudd como sempre, é um ator adorável e se encaixou perfeitamente no papel de Scott Lang, seu timing para comédia é ótimo funcionando em todas as cenas. Michael Douglas também é um destaque, pois conseguiu me surpreender, sendo um Hank Pym melhor do que eu pensei, passando muito mais dos sentimentos que admiro no personagem do que eu esperava, claro isso é uma união da boa construção do personagem de Douglas com o roteiro. Evangeline Lilly interpretou Hope Pym, filha de Hank Pym e atual presidente das Pym Tech. junta de Darren Cross. A personagem assim como a atriz, tem um desenvolver potencial que cresce ao decorrer do filme e de seu envolvimento com Hank e Scott. Hope deseja utilizar o traje, ficando mais frustrada ao saber que seu pai confia o mesmo à um ex-presidiário e não à ela, a moça já não tinha a melhor relação com seu pai devido ao mistério da morte de sua mãe (A Vespa) quando ela possuía apenas sete anos, causando um dos dramas familiares. Corey Stoll é um ótimo ator, mostrou fortemente isto em House of Cards, mas no filme fez um vilão comum, sem vislumbre aparente de seu potencial como ator, sendo o trio Rudd, Douglas e Lilly as atuações mais que cativantes e em muitos momentos surpreendentes do filme. 
  Como dito anteriormente, o longa se diferencia de Vingadores- Era de Ultron, por possuir um certo balanço na qualidade de produção e roteiro. Há claro seus altos e baixos nesses dois termos, mas nada que faça um estrago marcante. A visão utilizada quando Scott diminui seu tamanho é muito interessante, as cenas de ação com o herói também são ótimas devido ao controle de sua habilidade para as lutas, em outras palavras o ´´cresce, encolhe, cresce , encolhe´´ não ficou ruim e sim muito bem dirigido, os efeitos digitais para rejuvenescer Michael Douglas ao mostrar Hank Pym jovem é magnífica - Ver o jovem Gordon Gekko chega até emocionar -, o timing de Rudd/Scott não é cansativa como a de outros heróis da Marvel, e como dito antes, a história de Scott Lang e Hank Pym conseguem ser mostradas facilmente e os problemas familiares entre pai e filha nas duas gerações de ´´Homens-Formiga´´ se faz uma ligação interessante. Mas não são só os pontos positivos que importam vamos aos pontos negativos:
    
O vilão estar um tanto quanto estereotipado não se torna um grande problema, e Jaqueta Amarela ficou um vilão bacana, mas nem de longe o melhor, ficando um personagem que apenas cumpriu seu papel. As menções iniciais aos Vingadores ficaram muito boas, uma das cenas que ligam diretamente ao Ultimo lançamento da Marvel se mostrou muito bem elaborada, entretanto após isso se torna repetitivo e cansativo, prejudicando o próprio filme. O fato do longa ser o último da fase dois, sendo que o primeiro da fase três será a Guerra Civil realmente exige que mesmo sendo a primeira aparição nos cinemas do novo herói, ele já tenha seu caminho traçado para a equipe de heróis, tornando tudo um tanto compreensível, mas ainda assim um pouco desconfortante. Entretanto a fórmula -que eu de fato gosto - de levar a mensagem do que teremos no próximo filme, foi esticada demais, causando um desgaste na produção.
   A mudança de direção deixou muitas pessoas com medo, mas é interessante notar que ainda sentimos a presença de Edgar Wright em algumas cenas, e podemos dar ótimos créditos à Peyton Reed que fez um bom trabalho assumindo o filme. O ótimo ´´timing´´ na comédia do filme, não podemos creditar só à Rudd, mas deixei para falar sobre depois do ´´geralzão´´ do longa. O trio de amigos de Scott Lang, formado pelos atores: Michael Peña, T.I e David Dastmalchian, é o que quebra o gelo e traz o alívio cômico em muitos momentos do filme, sendo os três personagens simples, mas que ao mesmo tempo fazem sua importância e cativam os espectadores ao passar do tempo.  
   Por fim, o filme se mostra competente, talvez não o melhor da Marvel como alguns dizem, mas nem perto de ser ruim. Possuindo os problemas ditos anteriormente, mas sendo com certeza um filme bom, divertido e que cumpre a missão de entreter quem o assiste. 

 Avaliação Final: 8,5

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Review - ´´O Apostador´´ (2014)

 Começando a minha maratona de filmes, para tirar os lançamentos e os não tão lançamentos do atraso, comecei por ´´O Apostador´´ de 2014, filme dirigido por Rupert Wyatt (Planeta dos Macacos  a Origem) e estrelado por Mark Wahlberg (TED), John Goodman (nside Llewyn Davis: Balada de um Homem Comum) e quase por Brie Larson (Anjos da Lei) e Jessica Lange (Em Segredo). O Apostador, The Gambler no original, é um Remake do filme homônimo de 1974  (O Jogador no Brasil) estrelado por James Caan. A Refilmagem quase que foi dirigida Por Martin Scorsese e estrelado por Leonardo Dicaprio, entretanto por problemas com a produtora a direção foi passada para Wyatt. 
 O Apostador conta a história de Jim Bennett, professor de Literatura e escritor, filho de pais ricos, que possui um lado que poucos conhecem, o vicio em jogatinas. Seu outro lado já o fez perder não só grandes quantias de dinheiro como a interação com sua família. Bennett complica sua vida ainda mais quando precisa pedir dinheiro emprestado para criminosos para pagar dívidas com outros grandes criminosos de Los Angeles - que foi representada de uma maneira sombria e muito boa- . Não bastando só isso, o professor ainda se preocupa com os problemas que passa com seus alunos e com um aluno em especial, grande favorito para NBA, que acaba sendo vítima de seu ciclo perigoso de apostas.
 Toda trama de problemas existenciais de Jim Bennett realmente é muito interessante, seu gosto pela arte e angustia por ter alunos desinteressados, e algum com potencial, mas que não utilizam disso transmite parte do que pode ter originado sua vontade de fugir por completo daquela realidade, levando aos seus vícios perigosos. Ter nascido em berço de ouro, mas não estar por completo realizado como pessoa é um dos problemas que fica claro para seus alunos em muitos sermões dados pelo professor ao se estressar com diversas situações.
 Mark Wahlberg traz uma atuação questionável, muito boa em vários momentos, mas os altos e baixos ficam claros, porém que pode ser a união da atuação e direção que apresenta altos e baixos em muitos momentos do filme. O trabalho de Wahlberg para com o personagem é realmente ótimo, os momentos que nos deparamos com Jim Bennett professor, apaixonado por literatura e que busca conseguir passar este sentimento à seus alunos, temos uma fantástica atuação. Nas cenas de jogatinas temos um clima de tensão que muito se deve ao ator também, principalmente quando Mark Wahlberg trabalha junto à John Goodman, que interpreta o empresário/mafioso Frank, um dos mafiosos a emprestar dinheiro à Bennett.
  Entretanto as idas e vindas da atuação de Mark Wahlberg e a interessante crise existencial não seguram tão bem o filme, possuindo diversos momentos que agoniam. A direção de Rupert Wyatt como dito anteriormente, tem suas idas e vindas. A visão um tanto quanto machista estraga fortemente o filme, com poucas cenas com as personagens que são de grande importância, mas pouco aparecem, como a aluna e futura namorada Amy Phillips (Brie Larson) e sua mãe Roberta Bennett (Jessica Lange). Ambas sendo praticamente as únicas personalidades femininas sofrem com a direção. Em todos os poucos momentos que aparecem, quando estão prestes a mostrar seu talento e que farão bem seus papéis, são ofuscadas por um corte para Mark Wahlberg gritando, sim gritando, como se por um momento estivesse esquecendo a boa atuação que faz no filme, e banca um adolescente estressado. A falta de personalidade feminina tira muito a beleza que o filme poderia ter, pela importância que só estas duas personagens representam/representariam se fossem melhor utilizadas.
  Por fim, os problemas do longa são as nuances extremas entre boas cenas e más cenas, ficando muito forte este problema, as tentativas de um tom obscuro para representar a dupla vida de Bennett nem sempre dão certas como em algumas cenas de jogatinas, que quando estão ficando bem feitas, por detalhes simples são estragadas. E pela direção um tanto machista. Mark Wahlberg em suas boas cenas interpreta de maneira fascinante, na qual perdoamos facilmente seus momentos ruins. O elenco todo é ótimo e fazem sua parte da melhor maneira possível, Frank de John Goodman é ótimo também e Brie Larson em suas poucas cenas tem uma boa interpretação, deixando tudo mais aceitável.
 
 Avaliação Final: 7,2

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros: Review




 O novo filme da franquia Jurassic Park iniciada em 1993 com a adaptação do Livro de Michael Crichton feita por Steven Spielberg, finalmente nos mostra o potencial que tanto nos impressionou ao assistir o primeiro filme. Depois de uma sequencia em O mundo Perdido de 1997 apenas ´´boa´´, e um final de trilogia decepcionante com Jurassic Park III, temos a continuação que salva essa maravilhosa realidade em que Dinossauros e humanos convivem no mesmo período histórico, graças ao avanço da tecnologia genética.
 O quarto filme da franquia ao mesmo tempo que é uma sequencia, com várias referências ao primeiro filme, também se renova tendo sua trama única que nos deixa claro o tempo todo que ´´Este é um filme novo, mas com o mesmo Parque!´´ permitindo facilmente à quem não assistiu aos filmes clássicos, que se divirta tranquilamente. Entretanto, esta mesma trama que inova a sequencia, foi uma jogada arriscada e ousada para o longa. Jurassic World se passa 20 anos após Jurassic Park, o grande parque da Ilha Nublar, localizada na Costa Rica, é a atração de milhares de pessoas por ano, nos permitindo ter a mesma relação com os Dinossauros, como temos com um Elefante no zoológico, entretanto, esta igualdade e acomodação, por sabermos que Dinossauros estão lá e podem ser visto facilmente como qualquer outro animal, diminui o número de visitantes aos poucos, forçando ao parque que inove cada vez mais, com algo maior, melhor e muito mais chamativo, e ai a trama se inicia. 
 Nos papéis principais temos Chris Pratt ( Guardiões da Galáxia ) e Bryce Dallas Howard ( Histórias Cruzadas ), também estão: Vincent D'Onofrio que roubou a cena na série DEMOLIDOR da NETFLIX, como a dupla de crianças temos Ty Simpkins (Iron Man 3) e Nick Robinson (The Kings of Summer),e voltando ao seu papel de Henry Wu, geneticista dos filmes anteriores, temos B.D.Wong.
 O filme quando não usa da mesma fórmula do primeiro, se fixa na relação homem e animal, nos apresentando então Owen Grady (Chis Pratt) ex marinheiro que está responsável por ´´domar´´ os Velociraptores. Mostrando ser um profissional qualificado, a diretoria do Jurassic World ao perceber problemas em entender o comportamento de seu novo Animal, o chama para que tente apontar uma maneira de ´´treinar´´ esta nova e rebelde espécie. Bryce Dallas Howard, faz Dearing, tia da dupla de crianças, e diretora do parque, sendo obrigada a dividir atenção entre cuidar dos sobrinhos em viagem e administrar todos os problemas do parque. Em contraparte, vendo o potencial de adestramento que o homem pode causar em um dinossauro,  Vic Hoskins ( Vincent D'Onofrio ) diretor da empresa de segurança InGen, decide usar os animais como arma. E esta se faz como grande causador de todos os problemas do filme, também chamados de Dinossauros à solta, causando um grande caos. - Formula de toda Franquia -. 
  A qualidade do filme se faz muito pela parte técnica e não muito pelo roteiro. Chris Pratt em muitos momentos segura o peso do filme, mesmo que com um personagem um tanto quanto ´´vazio´´, na qual foi o problema de quase todos os personagens do filme, ninguém ter uma profundidade convincente, e apenas serem o que está ali em tela, com leves citações a suas profissões, um dos principais erros do filme e que ficou muito notável, mas que não desqualifica o longa. 
   Colin Trevorrow surpreendeu nos mostrando que mesmo ´´pouco´´ conhecido, sabe fazer uma ótima direção, nos dando uma clima clássico dos anos 90 - em alguns momentos sabemos muito bem quando Spielberg botou suas mãos -, mas que não deixa dúvida em que ano estamos. Essa dosagem, também muito ousada de clima nostálgico com realidade futurista ficou magnífica, mas é realmente algo muitíssimo arriscado. - Lembrando que Treverrow já disse que não estará na direção do próximo filme -. A trilha-sonora de John Williams está impecável, sendo outra das principais responsáveis pelo clima nostálgico. A fotografia também em vários momentos nos surpreende com sua beleza, não falhando nesses aspectos. E quase que me esqueci de comentar, do CGI, que também está ótimo no filme, tornando o trabalho artístico dos Dinossauros extremamente cativantes!
  Por fim, Jurassic World nos devolve a grandiosidade do primeiro filme, merecendo totalmente o sucesso estrondoso que está fazendo nos cinemas mundiais. Então, caso não tenham visto ainda, corram para o cinema mais próximo e se deliciem com o clima nostálgico e com as emoções dessa nova aventura.

  Avaliação Final: 8,0 

domingo, 11 de janeiro de 2015

Devemos sempre tratar SHERLOCK HOLMES como um gênio?

Compartilhei um texto no facebook que fala sobre a amizade de Doyle e Houdini, e ao comentar na hora de compartilhar tratei o personagem Sherlock Holmes apenas como ´´Ícone do mundo investigativo´´ e não um ícone ´´da busca por fatos, da dedução, ciência ou derivados´´ irei dizer o porque. Já estava com vontade de fazer estes comentários sobre o personagem aqui no blog, com uma visão mais ampla sobre alguns detalhes.

  Holmes em sua mente / seu mundo possui muitas crendices próprias, que em uma visão de fora, são totalmente idiotas, mas para ele não. Nunca gostei de falar que Sherlock é um cara ´´inteligentão´´, e nunca gostei das adaptações cinematográficas que só mostram esse lado ´´gênio´´´e não problemático com uma provável síndrome de Asperger. Qualquer pessoa que se der ao luxo de prestar atenção nas características do personagem perceberá que o mesmo, é sim muito sábio, com um raciocínio extremamente rápido e deveras brilhante para muitíssimas coisas, mas também é notavelmente ignorante / ´´burro´´ para muitas outras, em um nível não comum.
  Vários são os motivos disso, um deles o fato da teoria do ´´Sótão mental´´ que ele cita em ´´Um estudo em Vermelho´´ por exemplo. Holmes fala que não acredita e nem se importa que a terra gira em torno do sol, simplesmente porque isso não vai influenciar no trabalho dele e ele não pode ter essa informação em sua mente, pois nossa mente é um sótão e assim como um, se tiver coisas em excesso faltará espaço, por isso, só armazena o que for importante. Mas o mesmo, possuía várias outras crendices próprias de ´´seu mundo´.´
  Já falando do personagem e de seus problemas, falarei rapidamente sobre minha visão do mundo da dramaturgia, cinema e tv atual do personagem. Das adaptações dos anos 2000 é claro - até porque se formos falar de todas as adaptações de Holmes seria um texto enorme. E eu nem me dei ao luxo ainda de assistir todos, mesmo assistido uma grande quantidade para criticar -. No mundo dos cinemas temos Downey jr. como atual Holmes, na televisão temos pelo canal BBC Benedict Cumberbatch e -sim vou citar ele - Johnny Lee Miller como o personagem na versão norte americana Elementary. - Que mesmo eu achando terrível, trata das drogas e de certos aspectos até melhor que a BBC tratou, mas claro deve haver seus motivos -.
  Entre BBC e Cinema, não prefiro nenhum nem outro, por gostar dos dois? É... bem, pra mim em SHERLOCK da BBC o melhor ator é o Martin Freeman, até gosto do Benedict, mas não a um ponto de gostar tanto e me influenciar a não criticar o personagem. Irei comentar de ambas adaptações.. Muitos perguntam à mim, qual é o melhor Sherlock Holmes? e sempre lhes respondo ´´Hugh Laurie´´, pois em minha visão, ninguém adaptou melhor nosso detetive que os produtores de House m.d. Vários são os elementos mencionados e semelhanças feitas de propósito, até mesmo na interpretação. Mas ok, falaremos das adaptações que realmente tem o nome ´´Sherlock Holmes´´.

 SHERLOCK HOLMES por  Guy Ritchie: Simpatizo muto com Downey jr. gosto bastante dele, mas não dá para negar que o cara é quase sempre igual em seu estilo nos personagens -exceto em Chaplin que ele foi esplendido-, e mesmo conseguindo fazer um Sherlock problemático -adorei focar nisso, precisava! - ainda era o mesmo Downey a la Stark e afins. Porém o que mais gostei, foi o jeito que ele interpretou os estados de droga, na qual Sherlock usava e muito, de fato fumando, cheirando e injetando para ajudar em suas deduções, pois lúcido o mesmo dizia não conseguir, e seu lado ´´autista´´ como a dita Asperger à cima. E neste aspecto admiro muito a personificação de Downey.

 SHERLOCK HOLMES da BBC: Pô que série bacana hein? Mas sim, muitas coisas me
incomodaram, mesmo eu perdoando por talvez ser problemas de restrições da emissora e afins, então nem ligo muito como espectador. A série para mim, deixou Holmes muito bonitinho e espertinho, não mostrou muito suas ignorâncias, só apareceu no primeiro episódio ali com a teoria do sótão e nada mais das ´´viagens da tal inteligência de Holmes´´. Porém, nos outros episódios só mostravam um Sherlock que usa adesivo de nicotina, fuma um cigarrinho aqui, e nada mais de drogas,  nem citando ou mostrando na série, MAS ainda assim continua um rapaz inteligente que tudo observa e deduz. -Isso me agonia, mas agonia menos que aquele Moriarty chato demais, nossa... -. O tal ´´Sociopata auto-funcional´´, mesmo sendo o jeito de mostrar suas loucuras, incomodou um pouco focando em certas coisas que ainda assim não mostravam seus reais defeitos e problemas, e quase trazendo de volta os erros de alguns outros filmes antigos, que é mostrar apenas um Holmes ´´diferente, excêntrico, mas gênio´´, porém ainda continua uma ótima adaptação também.

Dito isto, não acho nenhuma melhor que a outra, pois dividindo em certos aspectos um tem outro não, então todos tem seus pontos bons e ruim - Mentira, Hugh Laurie é o Holmes da parada toda! -, e o por que de eu não tratar sempre o personagem como ´´gênio´´ e sim em apenas alguns momentos. Já que o personagem em certas horas era um grande homem cético e da lógica, outra se perdia em crendices que ele reconhecia criar, mas mesmo assim acreditava ser completa verdade, e desta maneira não pode ser usado como símbolo do ceticismo e afins. Sherlock foi e sempre será para mim, não um personagem gênio, grande detetive e afins, mas sim um homem de ferro - Ok to zoando, não me contive. O fato do Watson chamá-lo assim uma vez, e Downey Jr. ser também o Homem de ferro é demais. -, enfim, sempre será o Melhor Detetive consultor do mundo e que mora na 221B da Rua Baker.

Pela zoada final, não posso deixar passar. 

É isso pessoal, fazia tempo que não escrevia nada par ao Blog e estou feliz por ter voltado falando deste assunto que adoro, do meu personagem da literatura predileto.
Sobre o texto que brevemente comentei da amizade de Doyle e Holdini, podem conferir no link abaixo:


Arthur C. Doyle e Harry Houdini, uma História de Amizade entre um Crente e um Cético