Homem-Formiga conta a história de Scott Lang (Paul Rudd), ex-presidiário que agora tenta se ajeitar na sociedade, se re-estruturar financeiramente e poder voltar a ter um convívio melhor com sua filha que vive com a mãe e padrasto. Scott ainda é conhecido por seus roubos, o rapaz formado em engenharia elétrica fizera ao longo do tempo um histórico renomado no mundo do crime com suas invasões e furtos grandiosos. Enquanto isso, o velho cientista, milionário, Hank Pym (Michael Douglas), criador da partícula ´´Pym´´ - uma substância que unida à um uniforme especial é capaz de diminuir qualquer pessoa de tamanho, mas permitindo-a manter sua força original-, experimento que ao longo dos anos teve várias tentativas de roubo e cópia, observa Scott há um bom tempo com pretensões maiores ao rapaz. Darren Cross (Corey Stoll), antigo pupilo de Hank, com a ambição subindo a cabeça, quer recriar o projeto de seu mentor intitulando de ´´Jaqueta Amarela´´. Hank Pym percebe que as intenções de Darren com seu projeto são as piores e precisa que alguém roube tudo relacionado ao mesmo, e desta forma quer que alguém use o traje de ´´Homem-Formiga´´ novamente para combater essa possível ameaça, e assim chega o momento em que chama Scott Lang para o tal serviço.
A transição de Homem-Formiga de Hank Pym para Scott Lang, era algo que eu estava curioso para conferir, mas ao lançar o primeiro trailer, ficou claro à todos, a ideia de um Hank Pym velho querendo passar o fardo de herói por uma causa maior. A ideia foi simples e eficiente, assim como todo o filme. Diferente de Os Vingadores 2, que em minha opinião teve uma produção ótima, mas um roteiro falho, Homem-Formiga, teve uma produção boa, sem nada de espetacular e um roteiro simples, mas competente em quase todos os momentos.
Paul Rudd como sempre, é um ator adorável e se encaixou perfeitamente no papel de Scott Lang, seu timing para comédia é ótimo funcionando em todas as cenas. Michael Douglas também é um destaque, pois conseguiu me surpreender, sendo um Hank Pym melhor do que eu pensei, passando muito mais dos sentimentos que admiro no personagem do que eu esperava, claro isso é uma união da boa construção do personagem de Douglas com o roteiro. Evangeline Lilly interpretou Hope Pym, filha de Hank Pym e atual presidente das Pym Tech. junta de Darren Cross. A personagem assim como a atriz, tem um desenvolver potencial que cresce ao decorrer do filme e de seu envolvimento com Hank e Scott. Hope deseja utilizar o traje, ficando mais frustrada ao saber que seu pai confia o mesmo à um ex-presidiário e não à ela, a moça já não tinha a melhor relação com seu pai devido ao mistério da morte de sua mãe (A Vespa) quando ela possuía apenas sete anos, causando um dos dramas familiares. Corey Stoll é um ótimo ator, mostrou fortemente isto em House of Cards, mas no filme fez um vilão comum, sem vislumbre aparente de seu potencial como ator, sendo o trio Rudd, Douglas e Lilly as atuações mais que cativantes e em muitos momentos surpreendentes do filme.
Como dito anteriormente, o longa se diferencia de Vingadores- Era de Ultron, por possuir um certo balanço na qualidade de produção e roteiro. Há claro seus altos e baixos nesses dois termos, mas nada que faça um estrago marcante. A visão utilizada quando Scott diminui seu tamanho é muito interessante, as cenas de ação com o herói também são ótimas devido ao controle de sua habilidade para as lutas, em outras palavras o ´´cresce, encolhe, cresce , encolhe´´ não ficou ruim e sim muito bem dirigido, os efeitos digitais para rejuvenescer Michael Douglas ao mostrar Hank Pym jovem é magnífica - Ver o jovem Gordon Gekko chega até emocionar -, o timing de Rudd/Scott não é cansativa como a de outros heróis da Marvel, e como dito antes, a história de Scott Lang e Hank Pym conseguem ser mostradas facilmente e os problemas familiares entre pai e filha nas duas gerações de ´´Homens-Formiga´´ se faz uma ligação interessante. Mas não são só os pontos positivos que importam vamos aos pontos negativos:
A mudança de direção deixou muitas pessoas com medo, mas é interessante notar que ainda sentimos a presença de Edgar Wright em algumas cenas, e podemos dar ótimos créditos à Peyton Reed que fez um bom trabalho assumindo o filme. O ótimo ´´timing´´ na comédia do filme, não podemos creditar só à Rudd, mas deixei para falar sobre depois do ´´geralzão´´ do longa. O trio de amigos de Scott Lang, formado pelos atores: Michael Peña, T.I e David Dastmalchian, é o que quebra o gelo e traz o alívio cômico em muitos momentos do filme, sendo os três personagens simples, mas que ao mesmo tempo fazem sua importância e cativam os espectadores ao passar do tempo.
Por fim, o filme se mostra competente, talvez não o melhor da Marvel como alguns dizem, mas nem perto de ser ruim. Possuindo os problemas ditos anteriormente, mas sendo com certeza um filme bom, divertido e que cumpre a missão de entreter quem o assiste.
Avaliação Final: 8,5